quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Episódio 2 - O Retorno (putz.)


Depois de dois dias sem postar, volto com a minha série de história do rock. Não dou conta de acompanhar a criatividade dos outros colaboradores. Minha mente não trabalha em um ritmo tão acelerado.
Como prometi no último post, vou falar sobre Elvis e Jerry Lee Lewis nesse. Não que seja um capricho, mas é uma necessidade, não se pode falar em Rock and Roll sem citar o Rei.
Sempre ouço muitas pessoas falarem ‘’Não sei porque chamam ele de Rei, as músicas nem são boas’’. Concordo plenamente, Luan Santana é muito melhor. Porra, gosto é uma coisa, mas deve-se ter o mínimo de noção e respeito. A musicalidade, os instrumentos, as letras, tudo pensado. Escute, ( leia ), a música é uma arte, e como toda, não sai do nada (pode existir casos, mas só surgem de verdadeiros gênios), Elvis é ruim... pff, é cada uma, se não conhece de música fica quieto, na verdade, se você for fã de Luan Santana, é até um favor que você faz à humanidade.
Bom, voltando ao assunto principal, após ter dado uma passada pela década de 50 com Muddy Waters e Chuck Berry, preciso terminar essa década com chave de ouro. Para entender o termo Rei do Rock, caro leitor, você deve levar em consideração o contexto da época. Uma geração com tantas objeções, tantas vontades, todas reprimidas pelos padrões da sociedade, os jovens estavam prontos para explodir. Imagine você leitor, viver em uma época em que o termo ‘’adolescente’’ não existia, você passava da fase da infância direto pra fase adulta, sem meios termos, sem compreensão dos hormônios à flor-da-pele. Os jovens não tinha voz, faziam o que os mais velhos queriam que fizessem. Eles já estavam cansados de usar todos as mesmas roupas, comer as mesmas coisas, viver em lugares iguais... é, eles precisavam de um líder.
Isso já tinha tomado início com Muddy e Chuck Berry, era o começo de uma geração rebelde. Mas quando explodiu (bum) foi com Elvis, surpreendendo com sua voz potente que antes era associada aos negros, e também com seus movimentos, o famoso termo ‘’requebrado’’ (?). Era conhecido também por ‘’Elvis The Pelvis’’ justamente pelo seu molejo.
É leitor, ele deu ao jovem o que o jovem queria, uma contracultura à cultura capitalista. Um modo alternativo e rebelde de viver.
Voltando um pouco na história, quando Elvis ainda era um garoto de 8 anos, ele ganhou de presente sua primeira guitarra, adorava música gospel, e entrou no coral da igreja que frequentava. Tornou-se ouvinte assíduo das rádios que tocavam o blues.
Começou a chamar atenção no último ano escolar quando adotou um visual diferente: um cabelo comprido e roupas vistosas, e também levava seu violão pra aula ( e pegava todas as menininhas ).
No início de sua carreira, a gravação de That’s all Righ (Mama) representou a “síntese da música blues e country que deu origem ao chamado ‘’rockabilly’’, uma criação de Elvis Presley, que combinou o estilo vocal rouco e emocionado e a ênfase no ‘‘feeling’’ (que isso, sentimento na música, Lucas? – Exatamente -) rítmico do blues.
Junte um estilo alternativo e uma nova geração com tendências rebeldes e o resultado disso é muito rock and roll. Por isso, se você ficou bravinho com o episódio do cara que olha torto pros fãs ali em cima caro leitor, analise a história de vida dos dois e veja que grandes mentes fazem revolução.
Dito isto, viajamos ainda na mesma década e chegamos em Jerry Lee Lewis, e veja, outro que introduziu coisas novas ao rock. De coisas entenda-se piano e um estilo rápido e dançante parecido com o de Elvis.
Veja, talvez não tenha dado ênfase suficiente quando disse piano, mas entenda que antes disso, o pensamento era o seguinte: Guitarra = Rock, Piano = Clássico, logo, Guitarra = Rápido e dançante, Piano = Lento. Para facilitar sua compreensão, vou explicar em primeira pessoa. Imagine o seguinte cenário: Jerry Lee, Muddy Waters e Chuck Berry em um bar ‘’tirando um som’’ e de repente alguém fala:
- Nunca alguém conseguirá acompanhar uma guitarra com um piano.
Jerry Lee (um pouco exaltado): Ah é? Vai lá Chuck, começa alguma coisa.
Chuck (meio sem entender e acreditar): Tá bom, lá vai.
E assim começaram a tocar, alguma coisa não muito rápida, não lembro bem, tinha tomado muito whiskey naquele dia.
Jerry: Mais rápido, assim ainda consigo acompanhar.
Surpreendentemente, chegou um ponto, que a guitarra não conseguia mais acompanhar o piano. (História fictícea)
Nesse momento Jerry acabava de introduzir mais uma extensão do Rock and Roll, ele havia expandido a musicalidade rebelde para um instrumento a mais. Isso abriu espaço para novas experiências dentro desse estilo versátil.
Dentro dessa versatilidade, no final da década, surge alguém que também trouxe outra revolução. Já foi considerado o 2 melhor artista de todos os tempos, ficando atrás apenas dos Beatles. É caro amigo, estou falando de Bob Dylan. Mas pra não me extender muito (mais?) esse é assunto para o próximo post, juntamente com os Beatles e o início da década de 60.
Não perca o próximo episódio, ainda tem muita coisa pra acontecer.
Comentem :)

E como não podia deixar de ser:





3 comentários:

  1. Esqueceu de Comentar que o Jailhouse Rock foi o primeiro Clipe com direção.

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  2. *Eu gosto das criticas que você faz! kkkkk'

    Verry good Führ, Abraço!

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