terça-feira, 26 de outubro de 2010

Divagação sobre a Gastrite Mental

Chego em casa tarde da noite, e navegando sobre os mares turvos da informação virtual resolvo entrar no blog no qual colaboro e postar algo. Mais não meu caro padawan, idéias não vêm assim do nada, é preciso inspiração e momentos, ''cliques'' de imaginação para escrever. Olhei o título do blog, Gastrite Mental, e descobri sobre o que escrever. Sobre a Gastrite Mental.

Primeiramente, numa definição simplória, gastrite vem de 'gastro' que deve significar significa pneu careca... ''o preneu ta gastro'' estômago, ou algo muito relativo. E ''ite'' é o famoso sufixo que designa inflamações. Logo, gastrite é inflamação no estômago.

Mais espera. Estômago é estômago. O que seria gastrite mental? É meu caro, vamos viajar um pouco.

O estômago é o responsável em reconhecer nossa fome (que meus professores de biologia não leiam esse texto), e responsável também por receber os alimentos que ingerimos. Já o cérebro, de forma geral e superficialmente falando reage (reggae?) aos ''alimentos'' sensitivos, para ser mais claro acendo a luz aos cinco sentidos, que são os alimentos do cérebro, e que assim como os alimentos do estômago que nutrem o corpo, nutrem a alma.

Mas a má alimentação pode causar gastrite. Suponhamos que essa gastrite tenha sido causada pela impulsividade da alimentação cotidiana, lanches de esquina, pressa excessiva ao comer e a falta de elaboração de um cardápio decente.

Da mesma forma, o nosso cérebro (vide PS.1) pode sofrer de ''cerebrite'', ou de gastrite mental, definição que prefiro adotar. Nosso cérebro é bom. Mais a fome de ''mundo'' que temos nos fazem comer coisas desagradáveis para a digestão cerebral. As propagandas ácidas, com seus PHs praticamente negativos são o aperitivo que o mundo nos coloca na mesa para embeber nosso cérebro na sutil ignorância. Funciona como anestésico as vezes.

E do mesmo modo que enganamos o estômago com medicamentos, e que comemos exageradamente o desnecessário, nosso cérebro é enganado com falsas sensações de saciação. O mundo da propaganda nos coloca o sexo, não dando a mínima importância pra um fator altamente nutritivo: o amor. A pessoa viajando freneticamente na velocidade da luz dos tempos modernos é capaz de fazer sexo com sei lá, sete, dez pessoas diferentes durante uma semana eita pega!! e se sentir sozinha. É capaz de trabalhar a vida inteira para juntar bens materiais e não consegue parar um segundo para gozar dos mesmos. É capaz de viver pensando na morte, e no momento que se vê centímetros perto da mesma, pensa na vida que jogou pela janela. Assim como o arrependimento de ter comido pimenta sabendo da propria enfermidade estomacal.

Talvez não pareça, mais tem alto poder curativo largar a música da moda (e que a menina da saia e da bicicletinha vá procurar uma ciclovia no inferno!) e ver o que realmente dialoga com a alma, seja o que for. Deixar de lado as paixões políticas, o time do coração, o dogmatismo religioso, e procurar algo que realmente satisfaça o desejo do momento, que pode ser uma musica, uma imagem, uma boa ação ou até mesmo observar o sol se pôr no meio da densa fumaça da louca vida urbana. Convém as vezes, deixar o Willian Bonner, o Boris Casoy o mais baixo da escala social e ler um livro que relate como algo mudou o mundo de maneira definitiva, trocando a efemeridade de informações que amanhã certamente não servirão mais para nada por conhecimento permanente.

Elabore um cardápio. Musical, visual, de qualquer tipo. Invente seus próprios alimentos, escreva, pinte, componha músicas. Embora existam ótimos cozinheiros, convenhamos que é pouco comer apenas o que os outros nos oferecem e não tentar ser nem que seja um ''churrasqueiro de fim de semana'' nessa grande cozinha da vida.

Cuide do seu estômago. E cuide muito mais do seu cérebro. Alimente-os da melhor maneira possível. Sempre desconfie de tudo que é muito bom. Comidas que são muito gostosas geralmente fazem mal é, a vida né, Méquidônaldis com hambúrguer de minhoca quando consumidas em excesso, porém a grande maioria gosta. Assim como é bem provável que o ''sucesso do mês'' não tenha um valor nutritivo muito alto.

Pense nisso, seja mais seletivo!

PS 1: Considere o cérebro como sendo um número complexo na forma a + bi. O cérebro citado nesse texto é a parte imaginária do cérebro, a ''bi'', e não a parte real ''a'', que compreende a massa encefálica bruta e literal.


PS 2: Use filtro solar.

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